… Conheci a Teresa Almeida no começo desta minha vinda para Lisboa. Talvez há uns quinze anos, Na altura, quase todas as terças feiras jantava com ela e um grupo restrito de amigos num restaurante em Alcântara. Os jantares deixaram de acontecer, mas o meu contacto com a Teresa foi sempre muito regular. Trocávamos mensagens, ideias… A internet é uma maravilha para estas coisas. A Teresa era uma mulher de causas e o trabalho que fez na SOL foi dos mais bonitos que vi até hoje na minha vida. Foi (penso eu), algumas vezes injustiçada, quando o reconhecimento pela sua causa não era imediato ou eventualmente posto em causa. Ela era o mundo das ‘suas crianças’. Era, além de tudo, uma mulher muito bonita. Elegante, atenta e disponível… Recentemente, depois da minha entrevista no Alta Definição escreveu-me sobre o ‘amor’. O amor que sinto e que ela achou ‘bonito demais para não ser dividido’. Era tão bonita por dentro e por fora! Custa-me acreditar que veja a vida colhida aos 69 anos com tanta coisa para fazer. Para mostra. Para ensinar. Deixa ‘órfãos’ muitos meninos, que eram seus de coração. E uma casa. E uma história. E um legado, que terá que ser passado a pessoas que confiavam na sua luta. Perdemos, com a morte de Teresa de Almeida, uma grande mulher e um excelente ser humano. Que não se duvide disso.
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