… Têm sido, meus amigos que por aqui passam, uns dias cheios de coisas dentro. Muitas emoções, muitas vontades, muitos avanços na direcção do que se pretende. Muitas noites sem dormir – não sei se dormi alguma – muita expectativas e acima de tudo muita gratidão. O caminho começou agora. É uma maratona gigante a que terei que fazer, mas sinto-me feliz. Resolvi – aprendi na terapia – que o importante é valorizar o momento, e isso tenho conseguido fazer. Tenho sido feliz e mereço este lugar que agora é meu por direito, mas não é definitivo. Importa mostrar ao público que da minha parte vão ter sempre o melhor. O melhor que possa dar, o melhor que consigo dar, o melhor que sei dar e o melhor que no meu entender, deve ser oferecido em televisão. No meu entender, a televisão deve ser sempre de excelência e é isso que pretendo. Pretendemos! Estou ao leme, com a Maria, de um programa âncora da estação e isso traz uma responsabilidade que não posso nem devo desvalorizar, apesar de o truque ser relativizar e divertir. A Maria, cúmplice, é aquele apoio para onde olhas e sabes que te salva, que se ri, que alinha, que brinca, que se desmancha. Que coisa boa de fazer! É atenta, olha para todos os lados para perceber se está tudo como planeado. Gosta do certo para poder desalinhar. Somos iguais nesse aspecto. Vejo-lhe o brilho nos olhos cada vez que vamos entrar no ar. Vejo-lhe a alegria – ela é bem mais alegre e bem disposta que Eu de madrugada – todos os dias. Estou sossegado num canto qualquer e lá ao longe escuto-a ainda de madrugada gritar ‘oi lindos!!!!!‘. Fico feliz porque ambos estamos a viver de perto e juntos esta aventura televisiva, e o público atendeu o nosso objectivo. Percebeu que somos feitos da mesma massa, ela bem mais nova que eu e bem mais atinada, devo dizer. Eu sou o oposto na maneira de comunicar, porque eu grito, eu choro, eu danço, eu atrapalho-me, eu troco, eu vou em frente sem travão. As duplas são assim… cúmplices e dispostas a estar de olho no outro para se algo falhar, darem o passo em frente sem que o outro se estenda ao comprido. É a generosiade televisiva que nem sempre existe, porque o meio não facilita as coisas e não é complicado que se perceba que o trabalho só é bom e chega a casa bem feito, se todo – todos – estivermos no mesmo cumprimento de onda. Nós estamos! Aos poucos vamos conhecendo as manias de cada um, as inquietações. Os medos. Devagarinho vamos respeitando os tempos, os silêncios percebendo que o caminho que começou agora é longo, não é fácil, mas tem que ser prazeroso porque senão não vale a pena. Estou convencido que remamos juntos na direcção do sonho e com vontade de, durante muito tempo, lhe dizer ‘bom dia!’ com a certeza absoluta que é um bom dia bonito, de coração cheio. Quando me meto a pensar na primeira vez que falei com a Maria sobre fazer televisão, sobre oportunidades, sobre coisas deste meio, acho graça que estávamos ambos convencidos que o daytime era o nosso objectivo, mas longe de imaginarmos que o faríamos juntos. Quando se percebe que o Universo dá estas voltas, acredito cada vez mais na força da energia boa… Obrigado por estes dias. Obrigado à nossa equipa que se tem esforçado – eu sei que não é fácil, porque eu trabalhei a vida toda em redacções, e sei que fazem o melhor e muitas vezes o tempo e os tempos que vivemos não permitem fazer mais. Mas sei também que conseguiremos elevar a fasquia ao melhor do melhor. Obrigado de coração! Como diz a Maria, estar metido nisto tem sido uma ‘honra, um prazer, um privilégio’.
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