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… Hoje saiu para as bancas a última edição do jornal 24Horas. Fiquei triste. Já andava assim há uns dias e não porque era um colaborador. Não era essa a razão! Há doze anos quando apareceu, senti – estava eu a chegar a este mundo – que o jornal poderia ajudar Portugal a ser menos cinzento, a assumir-se colorido como em todo o lado do mundo. Não acredito que o 24 horas tenha tido outra pretensão que não fosse a de informar e divertir. A verdade é que ao longo de 12 anos chamou os bois pelos nomes. O que mais me deixa triste são os postos de trabalho e a certeza de que não há no mercado hoje, um jornal com as mesmas características do 24. Custa-me sempre quando um projecto vivido intensamente acaba por sucumbir ás leis do mercado, era bom que assim não fosse. Custa-me mais ainda quando este jornal feito por tanta gente e que fez outra tanta se despeça assim sem mais nem menos , com uma capa preta, muito pouco alegre e divertida como a maioria das capas destes 12 anos. Custa-me saber que uma equipa trabalhou até ontem à noite sabendo que hoje veria o seu trabalho pela última vez numa banca e custa-em saber, que muitos do que hoje lamentam nunca o compraram, e muitos dos que o criticaram nem sequer o conheciam por inteiro. Como diz o Nuno – director e responsável por esta última fase do jornal – enquanto houver um jornalista sem medo de perguntar, o 24 não desaparecerá. O Nuno, meu “director” foi das melhores surpresas deste último ano. Fez-me a mais emocionante critica de trabalho que recebi nestes 12 anos, deu-em um voto de confiança quando precisava dele para me sentir vivo. Ao Nuno, devo acima de tudo – mesmo sem ele ter essa noção – o reatar de novas relações, a capacidade de sentir-em vivo e não estanque. Obrigado! A toda a equipa que acompanho desde o primeiro dia, desejo o melhor. Mesmo que uma ou outra vez estivéssemos de “candeias ás avessas”, só espero que tudo lhes corra bem…

Obrigado a todos. Muito boa sorte e … até já!

Ps. Obrigado também a todos os muitos entrevistados de sexta-feira, e a todos os que se cruzaram comigo e que anotei no “meu diário“. 

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