… Acho mesmo que todos nós nos escondemos atrás de qualquer coisa. Muitas vezes nem vimos essa coisa. Mas sabemos que está lá! Eu levo o dia inteiro a ouvir ‘Cláudio, você é tão verdadeiro. Deviam existir mais Cláudios, você diz tudo!’. Coitados! Não imaginam que não é bem assim. Que ainda bem que não existem clones meus e que também eu me escondo por trás de alguma coisa. Neste mundo do ‘salve-se quem puder’ também eu tive que descobrir uma máscara para o enfrentar. A ele – o mundo – e a ela – a vida! Nem sempre estou tão verdadeiro, nem sempre sou tão autêntico, mas sempre me cobram isso. Se gosto? Adoro! Gosto que me vejam assim, confesso até que faço um esforço para não decepcionar, mas e eu? Onde fico eu se me dispo tão cmpletamente perante os olhos de quem me vê e me escuta? Não terei eu que ter um canto só meu, onde me posso esconder e descobrir a verdade que mais ninguém sabe? Não serei caso raro nem nenhuma excepção, serei apenas uma pessoa normal, com muitas mais dúvidas e receios que a maioria das pessoas que passam por mim na rua. Também eu me escondo, nem sempre as vezes que quero e muito menos onde gostaria… Em último caso escondo o riso por trás das mãos e escondo o complexo que tenho de rir, por não gostar dos meus dentes. Ops… voltei a dizer a verdade. Afinal, talvez seja mesmo tão verdadeiro como me julgam, ou estarei aqui a esconder-me atrás desta fotografia? Não se sabe. Um dia, sozinho, encontro a resposta. Mas que todos nos escondemos, lá isso escondemos. Ou não?
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