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… O que faço eu que me sinto tão desprotegido. Tão sem ninguém por perto a quem pedir ajuda? A quem peço um abraço. No ombro de quem posso chorar. Com quem desabafo e resolvo dúvidas? Nâo sei! Dou comigo a pensar assim enquanto estou ao volante. Venho de castelo Branco de um concurso onde jovens tentam realizar sonhos. Até que ponto é justo? Não sei. Sei que se quiser agora desarmar e derrubar-me em lágrimas nos braços de alguém, não o posso fazer. Tenho milhões de pessoas à minha volta, mas não me parece que alguma delas consiga ter tempo para o que muitas vezes preciso. Ser-se livre, lutador e independente tem destas coisas. Paciência! Corri os riscos ques e correm quando vamos atrás de um sonho como foram os muitos jovens que hoje estiveram em Castelo Branco. Agora, aqui ao volante de regresso a casa, penso “não lhes deveria ter dito para desistirem? Que muitos não vão a lado nenhum…”. Seria o mais sensato. Acho eu, pelo menos enquanto estão por ali podem ter alguém que lhes dê um abraço sem pedir nada em troca. Era isso que precisava. Um abraço e alguém que durante uns tempos me tratasse das contas sem eu ter que me preocupar.

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