Por
… Vocês sabem que não sou muito de escrever sobre a Leonor aqui. Por nenhuma razão especial, apenas porque quando o blog nasceu foi com outra intenção… Bem, vamos ao que interessa, porque me apetece mesmo partilhar com vocês este episódio. A Leonor veio este fim de semana a Lisboa de propósito para ver a árvore de Natal da Zon – coisas que a publicidade faz. Lá fomos os dois. Muito frio, que era aquecido apenas pela curiosidade dela, “estou tão ansiosa, pai!”, reclamou vezes sem conta enquanto estavamos trancados no trânsito. Na espera, manifestou o seu desagrado em relação à iluminação da Avenida da Liberdade, “não é assim, muito bonita, pois não?”. Não. Não é! Chegámos à árvore de Natal que ela tanto queria ver, desde que a viu anunciada na televisão. “É linda pai! É tão linda…”. Uma multidão de gente para ver o mesmo, mas só se ouvia a voz dela – a quem sairá? No meio de tanto entusiasmo viu os focos iluminarem o céu, que ela confundiu com uma estrela cadente “tem estrelas e tudo, pai!”. Deixei-a sonhar. “Pede então um desejo, filha…”. Não pensou duas vezes, “posso pedir dois?”. Perguntou, espevitada, entusiasmada a sorrir de orelha a orelha; “que acabem os mosquitos e que existam sempre borboletas!”. Confesso que fiquei surpreso! Estava à espera de outra coisa qualquer. E impotente, porque não posso acabar com os mosquitos, nem fazer que existam borboletas o ano todo. Ser pai é isto. Constante felicidade e sensação de impotência por não realizar todos os desejos…
Vocês sabem que não sou muito de escrever aqui sobre a Leonor. Mas apeteceu-me…
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