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… Estou a arrumar umas roupas velhas que vou levar para ao Alentejo e passar a alguém que lhes dê valor. Sem querer, começo a chorar porque as roupas me lembram lugares e situações, fazem-me sentir cheiros que me levam a recuar algum tempo e onde somos felizes e pensamos que não. Ou pelo menos não damos valor… confesso-me hoje triste e melancólico. Fiquei assim logo cedo. Mas não acordei assim. Sinto falta de muitos abraços e beijos. Sinto falta de olhar nos olhos de algumas pessoas e sentir-lhes as emoções. Esta treta de arrumar gavetas raramente dá bom resultado, e eu – como com escorpião que sou – hoje ainda tenho que arrumar fotografias, e essas são complicadas de gerir. Talvez as organize mais tarde, ou outro dia, quando organizar as ideias, que hoje estão baralhadas. Uma para cada lado, sempre paralelas. Não se encontram, não se esbarram. Tinha o computador ligado e deixei de lado, uma camisola ás riscas que não é minha, apoderei-me dela numa noite fria de inverno quando me dava para “passear  uma cadela no jardim”. Talvez não mudasse nada do caminho, mas sinto falta de rotinas e mesmo que as tenha e as reclame quando as tenho, choro quando me faltam. Meu Deus, como me surpreendo eu próprio comigo. Todos os dias, e quando menos espero!

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