Por
… Os meus olhos vêem o que mais ninguém vê. São diferentes. Especiais. Não bonitos. Mas diferentes! Os olhos de cada um não são “a alma” como se diz e escreve. São uma janela. As pestanas os cortinados que fechamos quando não nos agrada o que se atravessa. Os meus olhos servem para me apaixonar pelas coisas belas. Só me apaixono pelo que e bonito, vejo beleza em quase tudo, mesmo no que para vocês pode ser feio. Uma vez bonito. Bonito a vida toda! Os meu olhos cegam de raiva quando vêem uma injustiça. Brilham quando se emocionam com a boa vontade de outros. Choram com uma palavra certa. Cerram quando tenho medo de alguma coisa. Ficam pequenos quando dou gargalhadas por tudo e por nada. Abrem-se quando me espanto com os outros… esbugalham-se quando ainda tenho a capacidade de me espantar comigo mesmo. Os meus olhos não são apenas meus. São nossos. Andam por ai a iluminar as ruas. Seria egoísta se os quisesse só para mim. Não sendo especialmente bonitos podem tornar bonito quem é visto através deles, porque os meus olhos vêem – quase sempre – o que mais ninguém vê!
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