… Falava ontem com um amigo meu sobre os nossos trabalhos. Ele é jornalista de viagens. Está cheio de trabalho e eu também não me posso queixar. Ganhamos acima da média, mas nem por isso devemos fechar os olhos ao que nos rodeia. Pagamos muitos mais impostos que a maioria das pessoas e como trabalhamos a recibo verde temos muito poucas seguranças no trabalho. Não vamos usufruir nunca de subsidios de desemprego, reformas, e o nosso sistema de saúde está como está. Foi uma conversa longa acompanhada apenas de uma imperial. Crescemos juntos. Conhecemo-nos muito bem. A minha luta com ele era tentar fazer ver que podemos poupar muito mais do que poupamos. Sou conhecido por forreta e muito poupado. Gosto de jantar fora, viajar, dar conforto à minha familia mas não gosto – nem consigo – desperdiçar dinheiro. Custa-me muito a ganhar. Tomei por isso, de há uns tempos para cá umas medidas ainda mais radicais, mas que – feitas as contas – me ajudam no orçamento.
Po exemplo, ia quase diariamente ao supermercado. Agora faço uma lista criteriosa e vou apenas uma vez por semana. Tenho algum tempo livre e sempre gostei de andar na rua passear ver gente e passar o tempo. Continuo a fazê-lo, mas acabei com os lanches fora de casa. Quando vou sair à tarde como em casa. Cheguei à conclusão que gastava muito em sumos aqui, tostas ali, saladas no outro lado… Optei também por andar muito mais a pé, e não usar carro. Assim poupo nos parquimetros, nos arruadores e no gasóleo. Não compro roupa, raramente o faço e quando o faço vou ao mais barato e penso se realmente a peça me faz falta. Reciclo peças de vestuários. Por exemplo, em casa nunca estou com uma roupa de andar na rua, não preciso gastá-la. Não a lavo só porque a uso uma vez. As calças, camisolas, camisas, são estendidas a apanhar ar e assim conservarem o uso por mais uns dias alternados. Não uso dias seguidos os mesmo ténis, porque está provado que se tiverem descanso duram mais. Deixei de parar frequentemente nas estações de serviço, mesmo sem querer comprava qualquer coisa só porque sim. Evito fazê-lo! Vou ao cinema e aproveito as promoções. Não compro nunca nada para beber ou comer no bar do cinema, se me apetece vou ao super, é muito mais barato. Não aligo filmes frequentemente, só se houver um que queira muito ver. Se tivermos atenção a tv tem muitos e bons que a troco da assinatura da TV cabo podemeos ver sem pagar mais 😉 Pode parecer que não é nada, mas feitas as contas poupa-se muito. No final da semana nota-se a diferença. Eu notei,…
Isto é apenas um desabafo. Mas é preciso termos muito a noção que não nos podemos agarrar à “crise” só porque se diz que ela está ai e não fazermos nada. Mesmo que seja pouco, alguma coisa podemos fazer para mudar o nosso mundo doméstico, não acham?
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