… A maioria das mãos sua muito quando o corpo se manifesta nervoso. Foi assim que fiquei hoje. Com as mãos suadas e o corpo nervoso. Não importa explicar porquê. Interessa perceber se algum dia vamos conseguir controlar as emoções, como se fossemos uma simples máquina. Não adianta fingir, não adianta não apertar a mão para que a humidade não se note. Com as mãos assino pactos, escavo sonhos, descubro coisas novas. Gesticulo muito com as mãos, mas hoje fiquei parado. Pasmo. Quieto. Sozinho sentado no meu sofá usado. Nem os olhos ficaram tão húmidos como as mãos. O coração palpitou. Era verdade. Não sou especial nem diferente dos outros, posso até ter os meus sentidos muito apurados… mas como explico eu tamanho sexto sentido? Podem nem entender o que escrevi. Mas os amigos servem também para ouvir. E nem sempre ouvimos o que nos apetece ou o que gostaríamos, por isso com as mãos podemos fechar a porta para que o corpo não se manifeste nervoso obrigando-as a suar. É com as mãos que faço figas, para ter a coragem de as sentir parar de suar…