Hora de dormir. A noite não está para festas. Amanhã é dia de trabalho… Vou para dentro ver a novela “Desejo proibido” e deixar-me levar nos intervalos pelo exercício do comando da televisão. A noite está feia. Não é que seja feia. Mas está feia. Há dias assim. Somos lindos e maravilhosos – ou achamos que somos – e uma manhã acordamos e achamos que estamos menos bem. Esta noite acho que estou menos bem. Tenho direito… Apetece-me ir para dentro, e sentir o cheiro a cama feita de novo. Não é tão bom sentir a textura dos lençóis na nossa pele a “saber” a lavado? É bom. Melhor só mesmo quando o cheiro a lavado da nossa pele, se confunde com outra pele que divide o mesma textura do lençol. Um pequeno luxo que nos passa ao lado. Esse como outros. O de olhar o luar por exemplo. Agora, acabei de dizer que a noite está feia, mas esqueci-me de ver com atenção a lua e a luz que ela revela… Vou olhar outra vez com os olhos bem abertos para que nada me escape. A lua conta coisas ao sol quando se enconta com ele ao cair do dia, que se quisermos também nos conta a nós. Vou escutar a sua luz e, apesar de não ser o sol, tenho esperança que me conte um segredo. A lua não e egoísta e sabe que preciso de um segredo que depois guardo dentro da minha caixinha que abro só de vez em quando. Hoje queria um segredo e como eu também não sou egoísta, dividia com ele o cheiro a roupa lavada…
Um dia mostro a caixinha se segredos… Boa noite!
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