… Eu estava aqui sossegado da minha vida quando de repente me liga um amigo e me diz, ‘ouve lá! Tu vê o que te mandei para o mail…‘ e eu fui ver, e depois de ver pensei: ‘alguma coisa aqui não está bem!’ Então o que eu vi, é que de repente uma alma caridosa se lembrou de dar um curso para se aprender a ser prostituta. É verdade, as senhoras vão lá, preenchem o papel e aprendem coisas. Aprendem o quê? Não! Não aprendem posições nem levam joelheiras de graça. Aprendem a não mentir nos anúncios que fazem, aprendem a tratar bem os clientes (bem, se calhar levam joelheiras de graça) enfim, aprendem a ser senhoras da profissão como deve de ser que isto também terá que se lhe diga. A ideia partiu de uma senhora, já de mais idade, mas acostumada ao meio, e acontecerá em Espanha, aqui ao ladinho. Qualquer dia já estou a ver uma sucursal em Lisboa, sim, porque já que é para servir que seja bem servido e nós temos tantas. E o pior é que nem são as da rua que precisam de curso, são aqueles que se passeiam com a mala pendurada do pulso, de saltos altos, de festa em festa a fazerem selfies por tudo e mais um par de botas e passam o dia convencidas que são mais qualquer coisa além de putas… Voltando ao assunto, diz este meu amigo que a maioria das inscritas no curso tem entre 18 e 30 anos. A sério? A sério que a única alternativa que encontram é desatarem nisto? Até porque onde existe o ‘Prostituição: noções básicas para a profissionalização’, também deve existir o ‘noção de padaria’, ‘corte e costura’, ‘cabeleireira…’ Mas deve dar mais trabalho e menos dinheiro. Digo eu, que não sou nem uma coisa nem outra.
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