… Do areal (com amor!)

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… Não falemos de recomeços que não é isso que me apetece. Escrevo estas linhas sentado na areia com um mundo de oportunidades à minha frente. Na verdade, todos temos milhares de oportunidades que agarramos ou deixamos escapar dependendo sempre das escolhas que fazemos ou dos caminhos que escolhemos quando nos deparamos com eles. Dependendo disso, acabamos por ver as escolhas a cores ou a preto e branco. É assim na vida e naquilo que nos é dado e muitas vezes não valorizamos. Por exemplo, quando penso nisto, aperecebo-me que gosto de sentir os pés na areia, do cheiro do mar, do corpo queimado pelo sol, do barulho pequenino e ao longe das pessoas que se mistura com o rebentar da água, gosto de ler livros sem pressa, de sentir o cheiro a creme de praia, a pele a saber a sal. Gosto do pôr do sol, do sol ao amanhecer, do vento quente a meio da noite. Gosto de adormecer cedo a pensar que é tarde e correr ao acordar para um pequeno almoço que me satisfaz apenas de o ver… Gosto de bolas de Berlim na praia. Pelo menos duas por dia. Prefiro ver o prazer que me dá a bola de Berlimdo que fixar-me no mal que me faz depois de ter comido, seguramente, vinte por estes dias… Não me importo! Não me importo nada saber que me fazem mal sabendo que antes me sabem bem. Juro que não me importo. O que me importa é tentar fazer-me o bem percebendo com o tempo que me está a fazer mal. O que fazemos nós quando percebemos que temos demasiado açúcar no corpo? Tentamos reduzir, comer menos bolas de Berlim. Na vida é igual, quando percebemos um ou outro sinal, paramos, respiramos e escolhemos o caminho. Ou seguimos no mesmo, ou mudamos de rota. Correndo riscos, porque não sabemos nunca onde nos levará. Se não sabemos nem o que acontece daqui a dois minutos, porque iríamos ter a audácia de achar que adivinharíamos o final de um caminho escolhido? Há é que ganhar balanço, perceber, editar, seleccionar. Uns dias desligado, longe da confusão, dos horários, de tudo e todos, ajudam a ver melhor ao longe. Ajudam a perceber, a ter perspectiva. Acaba por ser um recomeço, mesmo que eu não queira falar deles. Neste post não me apetece. Deixo-vos alguma imagens do prazer que me deu o sol. Sempre debaixo dele com cuidado, como devem ser os caminhos escolhidos. Com cuidado!

 

 

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