Ela só queria amor!

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… A série ‘The Crow’ voltou a aproximar-me de Diana. Da família real e de tudo o que envolve. A série é absolutamente magnífica, mas onde a sinto melhor é na revelação das fragilidades de cada membro da realeza e dos que estão ali à volta. Já se disse muito, já se escrever muito sobre Diana, sobre o seu namoro, o seu casamento, o seu divórcio. O que dela se escreveu dava para forrar o planeta a papel de jornal, mas onde está a verdade? Pode ser de mim ou porque estou mais molinho nestas coisas do amor, mas quando vi esta temporada percebi rapidamente que afinal Diana não era tão inocente como se pintou no começo mas também não era tão maquiavélica como se foi dizendo. Aqui a pensar com o meus botões, acho que só se sacrificou Diana na imprensa porque era uma mulher bonita, que deu a volta e usou as armas que tinha à mão para chamar a si toda a atenção que não teve nunca e desta forma irritar o ex marido e o resto da família. Verdade, que o que mais irritava aquela gente era a falta de atenção e quando a atenção caiu toda sobre uma simples Diana foi como se tivesse caído o Carmo e a Trindade daqueles lados. No começo ela fingiu que não entendeu. Depois, há uma altura em que não entende porque não quer e há o momento em que se vinga literalmente de todos e fez-se ao mundo fazendo a abertura de todas as revistas e jornais. À Rainha e a Carlos nada os deve ter ferido tanto no ego – maldito ego – que o protagonismo de Diana, mas será que antes dela chegar a este extremo de megalomania mediática, Diana viveu momento felizes? Eu acho que sim. Acho que ela não casou apaixonada, mas casou encantada. Acho que no meio de tudo aquilo houve momentos em que foi feliz, principalmente quando acreditou que o marido a tinha escolhido por amor e lhe confessava admiração. Aí acho que foi feliz. Por pouco tempo mas foi feliz. Não é justo por isso dizer-se que foi uma mulher infeliz! Não acho que tenha sito, pelo menos não sempre. O que queria Diana? Perguntamos todos durante tanto tempo. Diana tinha tudo, tinha aparentemente tudo o que qualquer menina teria desejado a vida inteira encostada a um conto de fadas absurdo e obsoleto. Para mim Diana só queria amor. Queria ser amada por Ele, mas o ego dele, o egoísmo e a fraca cabeça foram superiores a qualquer semente de afecto que sentisse por ela. Ficou cego de raiva com o seu protagonismo e resolvia tudo aninhando-se nos braço da amante, que acabaria por ser sua mulher depois de enterrar a ex. A História de Carlos e Camila é uma bonita história de amor, não se pode dizer o contrário, basta que alguém estude a verdade do assunto, mas hoje o que me apetecia dizer é que o ego e o egoísmo de um homem não permitiu que a felicidade avançasse, porque Carlos não aguentou ver Diana, a sua mulher ter protagonismo. Isso é inaceitável, isso é abjecto, isso é cruel não para ele – que é escolha sua – mas para ela que percebe rapidamente que o encanto todo que tinha naquela pessoa desaparece num ápice porque a insegurança dele é superior a tudo o resto. Resumo da história: para mim Diana era uma menina esperta que viu a oportunidade de ser princesa e se encantou, no entanto saiu-lhe um Príncipe egoísta e inseguro. Depois de ver esta temporada percebi mais de Carlos que de Diana, porque de Diana toda a gente disse cobras e lagartos, mas de Carlos poucos dizem que a ambição pelo protagonismo e a inveja da mulher fizeram dele um sapo num corpo de Príncipe. Uma tristeza, o estúpido não percebeu que ela só queria ser amada. Como eu. Como Nós!

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