Escolher é complicado. É complicado viver e lidar com as escolhas do nosso dia. A amizade, é claramente o valor que mais estimo. Acho que os amigos são para a vida. Temos que ter o cuidado de não os defraudar… Se isso acontecer, ou se pelo contrário nos sentimos defraudados, temos que avaliar as razões. Nessa altura, é melhor parar para falar com a nossa razão – meter o coração um pouco de lado. Decididamente, os nossos amigos não são obrigatoriamente uma cópia nossa. Nem podem ser… Se conhecermos os seus defeitos e as suas qualidades, aprendemos a viver com eles de forma harmoniosa. Brigamos, discutimos, choramos, rimos muitos uns com os outros, mas aceitamos a sua forma de estar na vida, as suas diferenças e aceitamos as suas escolhas, por muito estranhas que nos possam parecer, mesmo que não as entendamos. A nossa obrigação enquanto amigos, não é julgar. É aceitar. tentar compreender. Não dizer a tudo que sim. Mas não atirar pedras. Pode ter feito uma escolha errada. Sabe-se que é errada. Mas é a sua escolha, e todos temos o direito a errar. Escolher é complicado. Aos dez anos. Aos vinte. Aos cinquenta…
Gosto muito de ti. Gostarei eternamente. Posso não concordar contigo, com as tuas escolhas, poderia até sentir-me chateado. E estou. E estive… Mas gosto muito de ti. Disse-te o que tinha para dizer. Como sempre funcionou entre nós. Olhos nos olhos. Mas não sou ninguém para te julgar. Basta ver-te na alma o sofrimento do teu próprio julgamento. Aconteça o que acontecer, estarei sempre e incondicionalmente ao teu lado. Se a escolha é certa ou errada? É natural, é complicado escolher. E quando se escolhe, seja o que for, estamos sempre a perder.