… Começou uma nova edição da ‘Casa dos segredos’. Tudo bem, quem gosta vê (como eu), quem não gosta não vê. Há boas alternativas e um comando à mão de cada um. O que não deve existir é gente tonta armada a qualquer coisa e convencida que o mundo passa a girar à sua volta por causa de um programa de televisão onde não fazem nada além de “existirem”. Na mesma semana temos o pai da Fanny a gritar ao mundo que a TVI foi injusta com a sua filha, que não lhe dá trabalho depois do muito que ela fez na televisão (muito?) e agora a Cátia Palhinha que diz que não tem dinheiro nem para meter a filha na escola e a culpa é da televisão, que lhe devia dar trabalho, porque ela deu muito à TVI. Então querem ouvir disparate maior que este assim a abrir a semana? Não, pois não? O que estas almas não sabem é que alimentar um mundo destes é complicado e obriga a trabalho e novidade. Elas esgotaram, como a seu tempo se esgotaram nomes como Zé Maria ou Zé Castelo Branco. Mas enquanto isso não aconteceu receberem dinheiro por tudo o que faziam. Uns melhor, outros pior. Mas recebiam. Era um trabalho, como trabalhar numa sapataria, num talho ou num dentista. Não há que cuspir num prato que alimentou as feras a seu tempo, porque deixou de o fazer só porque deixaram de ser feras. São apenas ‘mais umas’ juntas às centenas que passaram por coisas destas. Como poderei ser eu amanhã, ou outra pessoa qualquer que trabalhe neste mundo, com a enorme diferença do caminho percorrido, empenho e dedicação. Que isto é muito mais que meter mamas, fazer plásticas, dar uns gritos e aparecer nas revistas. É isto!
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