… Paris, final do dia. Frio muito frio. Tu ficaste no quarto de volta do Iphone, eu fui ‘a uma loja de decoração’, como te disse quando ligaste. Sou uma pessoa de fé, daquelas que acredita que quando a força nos falta, podemos ir buscá-la a algo superior. Na verdade estava fechado na igreja, por isso quando perguntaste ‘onde estão as compras?’. Não as tinha. Estava na capela perto do hotel, entrei em silêncio, em silencio fiquei. Acho que Deus nos ouve em todo o lado, mas na sua casa talvez tenha mais tempo para nós. Para nos ouvir. Ali em frente acendi a vela, ajoelhei-me, baixei a cabeça e pedi, pedi muito e agradeci termos de mãos dadas passado uma provação. Pedi força, e entendi ali que era uma pessoa de sorte. Também ali, deixei de pedir, achava injusto. Pareceu-me melhor agradecer. Agradecer muito estar ali como tínhamos planeado e prometido para celebrar um dia especial, agradecer que não fomos derrubados. Agradeci sem tu saberes, como tantas coisas, que me tornariam frágil aos teus olhos, e que ia guardando para mim. Sou um pessoa de fé!
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