… Perguntaram-me hoje por mensagem privada ‘Porque publicas tu esta fotografia tão sem sentido? Não tens vergonha?’. Não sei! Nem para tudo há uma lógica, e não existindo lógica para publicar a fotografia, além de a achar estupenda, publiquei porque quis publicar. Quando posso faço o que quero. Quando posso, porque muitas vezes não posso. Por exemplo, eu queria estar na cama, dormir mais. Eu queria comer pão com manteiga, todos os dias e muitas vezes. Eu gostava de comer gelados, sempre e não apenas aos domingos. Eu queria ter uma sala de cinema em casa, para ter sessões minhas sempre que me apetecesse. Eu queria que o calor não fosse exagerado, porque gosto de noites frias. Eu queria ter sonhos realizados, e não apenas sonhar sobre eles. Eu queria que voltassem os senhores que abastecem os depósitos de combustível, porque não gosto de ser eu a fazê-lo. Eu queria muito conseguir sair de casa e estar sentado numa esplanada, mas não consigo porque estamos apinhados de turistas. Eu queria que todos nós tivéssemos gostos definidos e próprios e não andássemos atrás uns dos outros, como se fossemos cordeirinhos sem identidade. Eu queria daqui a dez anos olhar para trás e perceber que tenho orgulho no caminho. Eu queria jantar com amigos todas as semanas, porque eu acho que os amigos são uma parte importante do nosso oxigénio. Eu queria confiar nas pessoas, mas diz-me a vida que às vezes é melhor não. Eu queria que a coca-cola zero fosse gratuita e não fizesse mal, porque eu gosto muito de a beber. Eu queria que as praias em agosto tivessem menos gente que em maio, porque eu gosto da praia, mas não com elas apinhadas de pessoal. Eu queria que o horário do Metro fosse na prática como se apregoa na teoria, porque eu acho confortável andar de metro. Eu queria que o azul fosse a cor de todos, porque eu gosto muito do azul em todas as suas tonalidades. Eu queria que o trânsito fosse menos intenso, porque não gosto de perder tempo nele. Eu queria que o amor, como o entendemos, fosse como nos livros, mas eu acho-o muito mais complexo e delicado no dia a dia. Eu queria que a palavra ‘Amo-te’ estivesse mais presente, mas eu acho que estamos desacostumados de a dizer. Eu queria que se mandassem menos sms e se falasse mais cara a cara, mas somos cobardes para o fazer. Eu queria dar abraços a quem me apetece, mas temos vergonha de dar, e as pessoas de os receber. Eu queria ter o corpo bronzeado o ano todo, porque gosto de o ver assim. Eu não queria ser outra pessoa, porque gosto desta minha maneira de ser e querer e se me apetece colocar esta fotografia ou outra bem mais ridícula que esta, vou fazê-lo. Eu faço o que quero (sempre que posso) e não o que a maioria acha bonito fazer. Não ambiciono ser uma pessoa bonita aos olhos dos outros. Ambiciono ser um excelente pai, um bom filho, um estupendo irmão, um amigo do caraças, um namorado fiel e apaixonado, um profissional empenhado, um cidadão responsável, um curioso por natureza e um sonhador de nascença. O resto?… O resto não é problema meu, nem está nas minhas mãos.
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