… Falemos da Ana Guiomar. Ana, a actriz da qual não sou íntimo, mas sou fã, porque é das melhores da sua geração e que se revelou enquanto apresentadora, mostrando que é versátil para entreter, como se pede a quem vive da arte de o fazer. A Ana, que faz novela com a naturalidade absoluta de quem bebe um copo de água e passa a realidade nos diálogos como poucas passam, e eu conheço muitas. Falemos da Ana, que se entrega ao teatro como uma das suas maiores paixões e percebe-se isso, porque nos entregamos à sua entrega quando nos sentamos em frente a um palco e a vemos vestir a pele de outra personagem, como já fez tantas vezes e faz agora em ‘O crocodilo, ou o extraordinário acontecimento irrelevante‘, que podemos ver no Estúdio Mário Viegas no São Luiz. Falemos da Ana, que mantém a postura mediática irrepreensível, que vive uma história de amor das mais antigas no meio da sua geração e que nunca a explorou para ganhar pontos com isso. E podia fazê-lo! A Ana, que criou a genial ideia de uma página de Instagram onde se aproxima de todos ao recordarmos que, quando precisamos e podemos, é à mãe que recorremos quando se nos acaba a sopa. A Ana, divertida, amiga do seu amigo, pouco preocupada com o estereótipo de corpo que supostamente agrada ao mundo, nem ralada em estar vestida com as cores da moda ou com os cortes afunilados, só porque alguém diz que o bom é isso. A Ana, a quem devo um jantar em casa para falarmos de tudo e mais alguma coisa. A Ana, que abracei quando foi ao Programa da Cristina, que generosa reviveu a série ‘O Sexo e A Cidade’ e, ao lado da Inês e da Débora, teve um papel exemplar, mostrando a muitas actrizes que não têm metade da sua história que quando se quer faz-se televisão bem feita de manhã, à tarde ou à noite, porque quando o produto é bom, não há preconceito de horário, mesmo que já tivesse existido antes. Falemos da Ana, que todos os amigos elogiam, que os profissionais apreciam, a que gosto de ouvir falar desde que me lembro, porque gosto de gente fora da caixa mas que quando está na caixa raramente erra. Falamos desta Ana, porque, depois disto, de que importam os ataques absurdos que lhe fizeram na internet sem razão nenhuma? As pessoas que a atacaram não têm a mais pequena noção do que significa a palavra liberdade. É gente pequenina de pouca humanidade e, ainda assim, escondida atrás de um teclado que não merece crédito nem respeito, como não o merece quem não entende que, não sendo todos iguais, temos todos um mundo de qualidades com aquilo que somos. Podia falar da Guiomar que os meteu a um canto com a resposta que deu. Mas eu fico-me com a Guiomar que faz tudo tão bem que acho que apenas a estupidez humana lhes despertou a vontade de destilarem este ódio gratuito, não com a Ana Guiomar artista, mas com a Ana Guiomar mulher. Alguns não entendem a diferença, outros acham que há uma diferença gigante. ‘...Perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem!‘. Ana, estou à tua espera para jantar. Se conseguires traz o maravilhoso vestido com cerejas do Luís Carvalho. Assim temos metade da festa feita.
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