… Se Diana fosse viva, puxaria as orelhas ao filho mais novo, disso não tenho dúvidas, porque esta enorme capacidade se se querer transformar no centro do mundo à custa daquilo que sempre criticou além de uma gigante incoerência, é o espelho da frustração pessoal que carregou a vida inteira e que dispara agora a para aqueles que, de repente, passaram a ser os seus inimigos. A biografia e as entrevistas que Harry tem dado pelo mundo, darão muito jeitinho à comunicação social, farão dele e da mulher figuras do ano durante estes meses e trarão muitas dores de cabeça à família real, mas a verdade é que este grito de Ipiranga que Harry resolveu dar depois de casar com Megan, não é – ao contrário do que pensa – um acto de coragem nem valentia, mas – pelo menos aos meus olhos – uma tremenda demonstração de arrogância e vingança para com a família que, feitas as contas sempre o protegeu. Então o casal abandona a família real porque se sente perseguido pela imprensa, como se mudando de lugar deixassem se ser ‘apetitosos’ aos media, e com a desculpa de discrição e segurança vão viver uma linda história de amor, que até podia ser comprada por muitos, se tempo depois não fizessem um documentário onde se mostram numa hilariante lavagem de imagem na mais privada das intimidades, e depois, resolve Harry contar num livro e em entrevistas o que se passou com ele e a família, ou seja, está a fazer aos familiares – a exposição voluntária sem autorização deles – o que sempre criticou que lhe fosse feita. Claro que o dinheiro aqui falou mais alto, mas ele não é necessariamente uma pessoas que precisa disto para viver porque tem amealhado uns tostões que são seus por direito, o que o move aquilo é a inveja que tem do irmão, que tantas vezes defendeu e de quem tanto orgulho tinha, porque não há nada mais aqui que uma briga de cunhadas numa luta pelo poder mediático e de irmãos, que não é nova na família, porque basta perceber a história deles para entender que rivalidades destas são lá de trás… o que é triste, é que eles fazem o oposto do que pedem. Que direito de Harry e Megan de pedir silêncio e privacidade se despejaram tudo de rajada para a imprensa? A resposta é nenhum! A única diferença é o que fizeram sob uma boa quantia de dinheiro, e não acho mal que no lugar faria talvez o mesmo, mas o que eu não faria, era chorar mágoas quando visse a minha vida devassada, pois deram espaço a isso. Se o irmão é petulante, se o pai é ausente, se a avó era altiva, se a cunhada é arrogante… pode ser que sim a tudo isto, mas ele sabe as linhas que fazem parte deste cachecol, por isso durante o tempo que lhe foi conveniente usou-as e desfrutou do bem que fazia o apelido. Qualquer um se pode fartar? Claro que sim, e eles têm também esse direito, o que não deve dizer publicamente, é que está disposto a fazer as pazes com todos e a ter o irmão de volta na sua vida, porque depois de contar o que já contou, a mim parece-me pouco provável que o futuro Rei de Inglaterra se lembre de lhe estender a mão e fingir que nada aconteceu. E Meghan, que ficou tão ofendida e arreliada com as cartas que o pai e a irmã mostraram sobre o seu passado, alegando que lhe estavam a invadir a privacidade, esqueceu-se desse momento quando agora compactuou com este. Quando insinuou tudo e mais alguma coisa sobre a família Real? Claro que nem os bons são tão bons, nem os maus tão maus, mas basta-nos ter dois dedos e testa e perceber como isto funciona, para entender que o documentário está a ser preparado há muito tempo para ser rentabilizado e que por muito arreliados que estivessem com a casa real, o que fizeram é um tremendo disparate da parte dele e um gesto de ingratidão gigante da parte dele. Mas isso acho que se dará conta quando Ela lhe disser: chega!
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