Hoje acordei assim. Com a neura! Já vos deve ter acontecido. Para começar o despertador tocou, eu desliguei e voltei a abrir os olhos quinze minutos depois, o que para o meu dia já é uma “eternidade” e altera-me muito a rotina diária. Custou-em levantar! – Não. Regra geral não custa! Um Duche rápido. Trabalho. Computador. Reunião. Médico. Fui ao tribunal… Passei pelo ginásio e estava cheio de gente. Confesso que destesto ginásios cheios de gente. A custo lá fiz o meu treino. Vim para casa, depois de me ter sido anulada uma reunião com um patrocinador – anda uma pessoa a tentar encontrar um buraco na agenda e organiza tudo para de repente receber uma sms a anular uma reunião marcada há dez dias. Enfim! Em casa, na televisão nada de especial. Pensei ir ao super mercado mas é segunda feira e diz-me o dom de “dono de casa” que quando se está irritado por alguma razão, nos devemos afastar das prateleiras do super. Há a triste tendência para trazer o que fica bem no armário e mal no estomâgo. Mais uma passagem pelos canais que tenho e vejo num qualquer canal desses estrangeiros – eu não percebo o que eles dizem, porque o meu inglês é bem pior do que a maioria de vocês, e não tinha tradução – mas deu para entender que andavam por ali a mudar casas. Deve ser “mais um” programa do género na tv cabo. Há mil! Estavam a mudar um quarto, a pintá-lo de branco. Ficou cheio de luz no final. Gostei! Como estava com a neura, e porque de vez em quando “ninguém me suporta” quando estou assim, levantei-me e fui ao meu quarto. Ele foi remodelado há pouco tempo, mas achei que lhe deveria dar um ar fresco. Fazer algo que me fizesse passar o tempo e que no final tivesse um bom resultado. Agarrei na tinta branca que tinha guardada, num rolo e desarrumei tudo. Liguei o rádio – um pequeno daqueles que os sem noção levam para a praia para me estragarem o dia – e ali estive. Passaram-se quase três horas. A janela estava aberta, já escurecia quando acabei de pintar o tecto do meu quarto. Está mais claro. Mais fresco. Eu… tenho um ar novo aqui por casa, mas continuo com a neura. Não há nada a fazer acordei assim.
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