… Eu gosto disto de se apresentarem príncipes como se fossem cromos para coleccionar, uma equipa de futebol ou a nova canção do festival (que coitado, está como se sabe). Gosto disto, não posso dizer que não! Dá-me um certo nervoso ver como tudo funciona, mas veio a Kate, armada em pobrezinha com um vestido de sessenta euros e estraga o glamour que estas ocasiões devem ter. Então estava o mundo à espera de uma coisa cheia de pinta e super produzida e o jovem casal senta-se na relva lá de casa, chama os fiéis amigos, pega no menino ao colo e manda o avô fazer click numa máquina pouco ambiciosa e mandam isto à imprensa! …. Enfim, eu até entendo o critério. Entendo que queiram fazer passar a imagem de que estão próximos, mais próximos do resto do mundo do que mais alguma vez alguém daquela família esteve, mas será que eles acreditam que nós acreditamos que ali por trás deste lindo painel está apenas o avô da criança armado em Mário Testino? Não, claro que não! Nós somos espertinhos, tanto como eles, e ali estão mais de cinquenta pessoas a tomar conta do assunto. A mim parece-me lindamente que nos aproximem a eles e à criança de todos nós, mas por este andar um dia vou dar com a Kate a comprar arroz trinca para os cães no Lidl lá da rua e dou de caras com ele a lavar o carro no Domingo de manhã antes de irem ver montras. Nunca se sabe. O melhor é não dar ideias. Feitas as contas, o menino é lindo, a Kate tem pinta, ele vai mais ou menos ( o mano vai melhor) e os cães estão bem tratados, se bem que um deles deve estar com sede, tem a língua de fora!