… Apetece-me uma caipirinha Não me apetece muitas vezes, mas desta vez apetece-me. Quero sair esta quinta feira e beber uma caipinha muito gelada, doce e suficientemente forte para que quando me levantar sinta o chão mais leve. Apetece-me ter aquela noção de que nada de mal nos pode acontecer só porque estamos à conversa sobre coisa nenhuma com a pessoa de que gostamos e com quem fazemos amor muitas vezes seguidas sem pensar em descansar. Estou assim, à espera de uma quinta feira qualquer no calendário, porque sempre me disseram que as quintas feiras são mais divertidas e animadas. Com uma caipirinha devem ficar ainda menos complexadas e espartilhadas. Quero uma destas quintas feiras de que toda a gente fala. Quero molhar os lábios no gelo derretido de uma caipirinha que alguém há-de preparar para mim… nem sei se gosto de caipirinha, nem do gelo derretido, mas gosto de sentir o corpo leve e despreocupado. Nem sempre gosto. Mas nesta quinta feira gosto. Como sei? Não sei! Imagino que gosto. Toda a gente diz que gosta. E gostos não se discutem!
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