… O que vês quando te vês ao espelho? O que vês, o que tentas que vejam ou o que gostavas de ser?! A pergunta faz todo sentido, a resposta é quase impossível de se saber, porque muitas vezes não temos coragem de dizer nos olhos o que realmente sentimos ou vemos. Não nos gostamos de encarar, temos medos e receios. Há vezes onde nem pensamos, ou desviamos o pensamento com medo de que se torne real o que se passa na nossa cabeça ou trememos de imaginar que alguém possa descobrir o que ela pensa. Há um espelho que me vê todos os dias, mais ou menos à mesma hora. Já deve saber mais coisas sobre mim do que eu mesmo. Gostava, uma vez ou outra, de lhe perguntar o que vê ele quando o olho de frente. Não sei se gostaria de ouvir a resposta. Os espelhos – tal como a pessoas – raramente têm a capacidade de ver o que realmente somos. Porque não querem, porque não lhes dá jeito ou, no caso do espelho e de algumas pessoas, porque lhes passa muita gente pela frente, e não estão para perder tempo. Para se estar atento a alguém de verdade, é preciso ter-se tempo. Tempo de olharmos para o outro e não só para o nosso reflexo.
LEIAM TAMBÉM UM DESTES ARTIGOS:
SUBSCREVER E SEGUIR