… Os escolhidos!

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… Viver uma aventura como a do Big Brother não é para todos, cabe apenas aos sortudos. Aos escolhidos que têm a sorte de entrar passadas várias fases de casting e quebrando todas as regras que a vida deles tinha cá fora. Esta temporada há um leque brutal de elementos, que nas enormes diferenças entre elas se completa num mosaico bonito e irreverente porque, se estivermos atentos, percebemos que a diferença de um completa o outro. O Jogo vai a meio e sabemos todos que tamanha harmonia dentro da casa não durará muitos mais dias, mas eu que os tenho a todos como ‘filhos’ nesta fase passo horas a olhar para os seus feitos dentro daquela maravilhosa casa e penso o sortudos que são por terem tido a oportunidade de entrar. Acredito que eles pensem o mesmo, que de vez em quando na correria do jogo e na pressão que ele tem, se esqueçam disso mas que depois, quando se deitam – ainda que muito tarde – se lembrem que um dia sonharam isto para a vida deles. Um experiência rara que ninguém lhes tira e que por muitas edições que se façam, por muitos programas que se inventem, e por muitos outros que voltem a entrar nada se compara ao facto de criarem laços e viver emoções que só as entende quem ali esteve. Por isso me dá tanto gozo apresentar isto, porque cada vez que um deles entra no confessionário e gera um conflito sou capaz de me rever, porque basta que feche os lhos e recuo imediatamente vinte anos e entro no jogo, porque quando entrei tinha muitos sonhos agarrados à minha entrada, como certamente muitos deles terão, e sabia que me traria algo bom, por muito complicada que a experiência fosse – e há uma altura em que complica mesmo – sabia que tinha que aproveitar ao limite, porque o resultado seria positivo. E assim é para quase todos, desde que se entre com a noção de que o jogo acabada e que serve apenas como ‘montra’ para uma vida que se pode querer – ou não – fazer cá fora. São especiais neste momento, na altura em que estão em acção, na altura em eu Portugal lhes segue os passos. Nesta novela que é a realidade a acontecer dia e noite sem fechar os olhos, os nosso protagonistas são eles. São eles que fazem o jogo e mesmo sem terem a noção exacta do que está a acontecer são eles que dominam a casa, respeitando as regas e indo na direcção de um prémio gigante. Par isso é preciso sacrifício? Claro que sim! Mas a vida real é isto. Sacrifícios por fases, alegrias em outros momentos, sossego e tranquilidade interrompidos de forma bruta por qualquer circunstância da vida. São risos, alegrias, gritos, choro, amores, discussões, contrariedades… não é diferente ali dentro. Vi atentamente os casting de cada um deles. E sei porque cada um deles está ali dentro. Sei porque entraram e que objectivo levavam para o jogo e para quando saírem dele. Desejo fortemente que – vencendo ou não – cada um deles consiga parte daquilo que desejou quando entrou. Porque merecem, porque tiveram a coragem de entrar, porque para estar ali dentro, por muito divertido que possa ser, é preciso ter coragem. Alguns foram buscá-la para isso mesmo. E só por isso já valeu a pena. São os ‘meus filhos’ durante uma temporada. Confesso até que estou mais com eles que com a minha filha. São as regras de um jogo onde todos temos que estar de copo inteiro. Como na vida. E é isso que ele pretende refletir. A vida!

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