…Quem dá o que tem a mais não é… obrigado!

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… Tem sido uma alegria boa fazer este duplo impacto. Tem sido uma boa surpresa descobrir de perto esta Teresa com que aprendi tanto enquanto fui sonhando com esta minha vida. Vocês, que é quem de facto interessa, receberam bem a ideia de ver os dois. Os dois diferentes, como eu sempre disse mas os dois com vontade. Vontade de surpreender a cada domingo! Eu, que sou um espectador atento do que se faz no mundo em formatos deste género, posso garantir que abrimos aqui uma nova forma de o mostrar de o apresentar. A televisão, para mim – e nestes tempos mais ainda – tem a difícil missão de entreter e informar. Fico radiante quando percebo que cumprimos a missão. Que, entre erros e acertos, o saldo é positivo e quando no domingo já madrugada fora a caminho da segunda feira, chego à conclusão que além de apresentar me diverti. A Teresa se divertiu. Vocês sentiram isso. Eu, toda a minha vida, disse que gosto de trabalhar em dupla. Acho generoso, acho bonita a dança de olhares, a troca de palavras, a cumplicidade que se vai ganhando… e com a Teresa tem sido um baile bonito de fazer. Não sei se há um segredo, mas o que combinámos entre os dois foi: divertir! Respeitar e divertir. E assim temos feito e assim nos temos divertido. Fazemo-lo de forma instantânea, que eu prometi a mim mesmo que este programa seria divertimento puro do princípio ao fim. Temos, como em qualquer programa do género, as tensões normais que um alinhamento destes carrega, porque fazer um reality é estar durante o tempo todo com o coração nas mãos e mudar o rumo da história, se for preciso ao minuto, porque é um formato aberto a noite toda, e com isso – ou também com isso – temos conseguido arranjar o espaço de cada um, onde cada um é aquilo que o espectador espera e juntos somos mais daquilo que se esperava. Eu gosto da surpresa do improviso, gosto de lhe cantar uma canção, contar uma anedota, perguntar-lhe pelo cabelo e maquilagem, falar do vestido… não levo na manga nenhuma ideia para ‘desconstruir’ a Teresa como já se escreveu, ou fazê-la rir comigo a noite inteira de Domingo, mas sempre que posso – e há espaço – dou um passo em frente e noto-lhe os olhos alegres. Umas vezes de espanto, porque lhe disse qualquer coisa, outras de alegria porque lhe passei leveza… é bom. A mim, a Teresa dá a segurança que preciso para que possa andar no risco do improviso que é o meu oxigénio em televisão e acredito muito seriamente que acrescente alma a um programa longo onde cada vez mais as pessoas se querem rever. Eu gosto de andar no arame, sendo que aqui tenho uma boa ‘rede’. A Teresa, não me limitou até agora em nada, não me impôs coisa alguma e sempre ‘desenhámos’ o programa juntos. Quando se vem de formatos destes feitos sozinhos, é natural que se tragam costumes. Eu tenho os meus que levei do BB 2020 e a Teresa tem os dela de vinte anos a fazer isto, o bom foi descobrir que ambos percebemos que o espectador ganharia com a entrega absoluta de ambas as partes e a certeza que a ‘novidade’ seria bem vinda e ‘arrisco-me’ a dizer, desejada e recomendada. Como dizemos sempre, cada vez que há uma reunião de alinhamento, ‘os protagonistas do programa são os concorrentes’. E a verdade é que temos um belíssimo leque de concorrentes. Não preferidos nem favoritos, e por incrível que pareça, assim que entraram na casa deixaram de ser ‘meus’ e passaram a ser ‘nossos. Todos Eles. Gostava que cá fora as pessoas olhassem para ‘Eles’ como elementos que nos estão a divertir de forma corajosa numa altura em que o mundo está complicado. Olhamos para dentro da casa e – com erros e acertos – vemos um grupo de pessoas a fazer o que nós não podemos fazer cá fora. Não os julguemos com maldade. Olhemos para eles com empatia, como um grupo de amigos que estão a ser, dentro do jogo, o que são cá fora num contexto que podemos analisar e comentar, mas não devemos julgar porque não o estamos a viver e como diz a Teresa a cada domingo ‘Quem dá o o que tem a mais não é … obrigado!’. E eles dão muito.

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