… Quantas e quantas vezes deixamos escapar as coisas da mão? Da vida. Dos dias. Acabam-se as rotinas das coisas que deixamos escapar e começamos a ver as mesmas rotinas feitas noutros lugares com outros pensares. Custa e dói. Sou muito de rotinas e de me ligar a elas. Demoro a livrar-me. Umas vezes porque não quero, outras porque não sou capaz, e há ainda algumas que sinto que as preciso por perto para estar inteiro. Muitas vezes as coisas escapam-nos da vida porque não acreditamos, não lutamos, não brigamos, não dizemos tal como são, como imaginamos, pensamos ou queremos. Por orgulho. Temos medo! Eu esse risco corro muito pouco. Pelo menos o risco de perder ou não conseguir por não dizer, não fazer ou não ‘lutar’. Porque eu sou de dizer, fazer e ‘lutar’ e preocupa-me pouco o orgulho se entendo que é a minha vontade. E a vontade faz-nos perder o medo. Não tenho medo e não me importo com o depois, mesmo que o ‘depois’ não seja o que se quer ou pretende. Perco muito com isso. Já expliquei uma vez, porque a maioria não é assim e não entende. A maioria tem medo de verdades tão claras e esconde-se, tenta ignorar e deixa a coisa passar, como se não tivesse acontecido ou aquilo não tivesse sido dito, desejado, comentado, inventado, imaginado, planeado… Como se fosse possível?! Hoje dou comigo a pensar que estar de olho nas coisas que se querem e desejam é meio caminho andado para as conquistarmos. Um trabalho, alguém, um desafio, um projecto, uma viagem… Seja o que for. Importa não perder o foco. Acreditar nele, perceber muitas vezes que as mudanças de rotina são o curso natural da vida. Descobrindo novos caminhos, caindo e levantando todas as vezes que forem necessárias. Não ignorando novas rotinas, mas tentando focar bem para que se percebam e não turvem a realidade. A pior rotina na vida de qualquer pessoa é uma rotina turva. Não deixa ver a realidade. É muitas vezes preciso medir distâncias para se perceber além daquilo que o olhar alcança. Às vezes é depois desse ‘olhar’ que a rotina se vê focada.
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