... Quando falo da minha terra faço sempre a distância em tempo. Mais em tempo que em quilómetros. Parece que fica mais perto. Menos longe. Mais quente. Há alturas em que estou duas semanas sem ir à minha terra, sem pisar as minhas pedras, sem ver a minha gente na terra da minha gente. E ...
… Alentejo!
... O Alentejo fica-nos sempre com um pedaço quando vamos e voltamos. Um bocado grande que pode ser uma espécie de carne arrancada de nós. Fica uma ferida. Quem nunca mais voltou, conta que a ferida não sara. Não cicatriza. Sentem saudades dos pés quentes na terra. Da roupa colada ao corpo transpirado. Sentem falta ...
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