… A verdade é que eu sou assim. Cheio de esperança. De sonhos. De desejos. A verdade também é que não sou nem um terço daquilo que a maioria de quem está a ler isto acha, mas sou assim. Não posso fazer nada para mudar. Já tentei mil vezes dizer a mim mesmo que tenho que meter os pés no chão, que tenho muitas vezes que não ser tão prático, que preciso meter um filtro entre a cabeça e a boca, mas não consigo. Não sei se é bom ou mau… mas não consigo. E acho que é isto que me dá graça, me torna especial e que faz com que quem me conhece gosta genuinamente de mim. Porque sou assim, não me faço como querem que seja. Hoje, numa conversa, com uma pessoa que não conheço muito bem, falávamos disso. Da imagem que temos um dos outros, e muitas vezes da imagem que uns fazem dos outros. Duas pessoas falharam-me por estes dias. Eu sei a razão porque o fizera. Por pura cobardia. Não são intimas nem pouco mais ou menos. Não eram, e ainda bem, pessoas amigas de vida, são aquilo a que eu chamo gente para compor uma sala… enfim. Irritam-me as pessoas que fazem juízo de valor sem saber das outras partes. A mim rala-me pouco, já o disse mil vezes, o que me possam dizer. Importo-me com o que não me dizem com medo do que eu possa dizer ou fazer. Achei feio o que fizeram. Achei gratuito, triste e muito cobarde… O mundo dá voltas, eu não sou de me vingar, de guardar uma mágoa. Sei desculpar, não me custa. Mas não me esqueço e sei que o tempo é o melhor remédio. É ele que mete tudo no lugar certo, mesmo que demore muito tempo. Eu estarei aqui para ver e ouvir. Porque eu sou assim. Cheio de esperança. Esperança que as pessoas tenham a coragem de um dia serem autênticas e pensarem por si e não pelos outros… Era disto que falávamos hoje à tarde. Conversa parva, mas proveitosa.
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