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… ‘O mordomo’ não é só um filme. É uma obra de arte, é um murro no estômago para todos os que andamos distraídos com a vida e convencidos que nascemos assim, com tudo entregue numa bandeja. É a certeza que a história nos pode envergonhar muitas e muitas vezes, mas também evoluir… era bom acreditar que o preconceito racista já não existe. Isso não é verdade, mas estamos a anos luz do que se sentia à época que retrata o filme, se bem que não precisamos recuar 50 anos na história para ver que era já aqui ao lado. Excelentes diálogos, maravilhosa fotografia, boas interpretações… Ao contrário de muitos, a mim não me surpreendeu Oprah Winfrey, que já tinha mostrado dotes de actriz com direito a indicação Óscar em ‘A cor púrpura’. A mim surpreendeu-me o inesperado aplauso no final do filme na Sala do São Jorge. Quer dizer que mesmo vaidosos, acelerados e cada um com a suas vidas e o seu umbigo, quando o assunto é sério ainda há tempo para a consciência tentar – pelo menos – perceber que alguém sofreu muito por nós. Isto não é um questão de cor de pele. É mais do que isso… quem não percebe, é porque ainda não evoluiu o suficiente. ‘O mordomo’, vale muito a pena ver. Devo, no entanto  dizer,  que há uma parte do filme, onde se torna meio longa. Vinte minutos menos, contava-se a mesma história, não se perdia nada e não se ficava com sabor a ‘saturação’. 

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