… Não tenho um sorriso bonito. Tenho até uma certa inveja de quem o tem. Nunca tive e vivi sempre com o enorme complexo de ter uns dentes feios, mas hoje é dia do sorriso e é preciso assinalar a data. Gosto de rir. Posso rir disto e rir daquilo, mas, acima de tudo, rio-me de mim. Pode parecer incoerente, porque já disse muitas vezes que não gosto de me ver rir, não me favorece. Mas sei, porque não sou parvo, que o sorriso remedeia tanta coisa. Um sorriso verdadeiro, honesto, vai para lá da dentição perfeita. Uma gargalhada verdadeira e sonora esconde qualquer imperfeição que se tenha. O sorriso é uma espécie de cantar da alma, que celebra cada bom momento que vivemos e que vai desde o simples mover de lábios, ao soltar de todos os músculos do rosto porque a vontade de rir é tanta que é urgente que se escute e celebre. Para mim, o sorriso, se fosse uma estação do ano, seria a Primavera e se fosse uma cor seria o branco. Eu farto-me de rir comigo. Acho que até mais comigo do que com os outros. É uma maneira de me ‘armar’ e ao mesmo tempo ‘desarmar’ o resto. A alma fica mais leve se rir de mim próprio. Tenho pena daquelas pessoas que se levam muito a sério. A pessoa que mais se ri de mim, sou eu mesmo. Aos outros dou apenas o direito de se rirem comigo.
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