… Hum, isto traz água no bico!

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… É uma capa. Podia ser mais uma capa. Mas é a última capa da revista Cristina que divide protagonismo com uma que passará ao lado com o Anselmo Ralph. Joana Amaral Dias é a protagonista, ela gosta de o ser, mesmo que o esconda ou tente esconder ou até dar o ar contrário, ela gosta de ser protagonista, de chamar a atenção, de dar a cara e neste caso o corpo por uma causa desde que acredite nela, mas acima de tudo, é óbvio que a Joana gosta de aparecer. Não me critiquem, eu  – logo Eu – não acho mal nenhum nisso. Apareceu, como veio ao mundo para falar da gravidez de risco. O que eu acho bem aqui? Tudo! O que eu acho mal, é que uma pessoa como a Joana Amaral Dias que todos os dias diz e comenta que a privacidade é algo para ficar fechado, de repente se tenha aberto tanto. A entrevista está bem clara, a capa mais clara ainda e para mim, fica ainda mais claro que Joana aproveita uma plataforma fortíssima para fazer chegar uma mensagem e fazer-se notar mais uma vez. Estão aí as eleições, Joana que já foi deputada, será candidata às legislativas por um novo partido político o AGIR (muitos ouvirão falar dele pela primeira vez nesta revista). Claro que não vai ganhar, mas esta capa, faz mais campanha por ela do que muitos tempos de antena. Agora, o resto é o resto. E o que é  resto? Como é que os seus companheiro de luta e batalha vão olhar para a iniciativa? A mim, que gosto de pedradas no charco parece-me lindamente que sempre há motivo de conversa e mais uma vez a Cristina surpreende. À Joana é que eu não sei se isto adianta de muito. Na prática – e a olho muito nu – está a expor uma gravidez de risco, como a expõe qualquer pessoa que se passei pela imprensa rosa. Não sei se quem lê ou vê nas bancas consegue perceber a diferença. E este ‘povo’ está no tal ‘resto’ que vem depois disto. Mas na batalha, que já começou, o que importa é que se fale. Bem ou mal. Os pontos ganham-se com a notoriedade. 

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