… É chegar a casa no Alentejo e ouvir a Leonor, que já está com treze anos, dizer que tem a agenda cheia, que o importante este fim de semana é aproveitar o tempo todo antes que ela agarre na sua agenda e desate a cumprir o que tem estipulado e fique… sem tempo para mim. É esta a realidade de um pai, quando a filha começa a crescer. Acho bem que a assim seja, é sinal de evolução, de menina destemida, ocupada, activa e despachada. Tão despachada que hoje se lembrou de arriscar cantar comigo no carro, porque ela gosta de ‘gozar’ com a minha mania para cantar. Sabe que tenho péssima voz e zero noção de ritmo. Por isso disse: ‘Pai vamos aproveitar estes últimos dias de sol e vamos a Badajoz. Tu metes a tua playlist a tocar por favor?‘. E foi o que fiz. Não é difícil fazê-lo porque a sintonia do meu telefone, que tem a minha lista de canções, é automática assim que entro no Captur e como o painel de controlar músicas e rádio é super intuitivo e fácil de usar, foi um divertimento. A mim preocupa-me pouco que ela diga que não sei cantar. Eu vou cantar sempre, e ela vai crescendo e achando que, mesmo sem o pai saber cantar, não haverá ninguém no mundo que lhe cante com mais coração. O que me preocupa foi quando ela disse ‘posso sincronizar o meu telefone no teu carro?’... Não tenho como dizer que não, mas as músicas dela não são as que eu mais gosto. E agora?
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