… O coração do Toy!

Por

… Falar do Toy é falar de uma pessoa que conheço há muitos anos e que há muitos anos entrevisto, ou apresento. No começo não simpatizava com ele. Gostava das suas canções, divertia-me mas não era exactamente muito fã da sua pessoa. Confessei-lhe isso mais tarde. Achava-o, como se diz na minha terra, ‘um fanfarrão’… O tempo ensina-nos muitas coisas e uma delas é a não fazer juízos de valor de ninguém porque além de ser feio, regra geral não acertamos. No caso do Toy não foi excepção, porque o cantor é muito mais que a música que nos dá, o Toy tem em si o melhor que o ser humano pode ter porque é boa pessoa. Verdade! O Toy é acima de tudo boa pessoa. Depois disso, é brincalhão, músico, cantor, amigo, marido, amante, irmão, pai, neto e foi filho.. e é quando se fala dos seus, que mais se emociona, como se nunca tivesse tido tempo suficiente para os amar o tempo todo, porque o tempo é sempre pouco quando queremos ter perto quem amamos. Um dia, há muitos anos, estava eu na fase de não achar graça ao Toy, a Ana Maria Lucas que trabalhava comigo no programa ‘Sic Dez horas’ diz-me ‘Cláudio, não penses assim. Olha que conheço poucas pessoas neste meio com um coração tão generoso como o dele!’.… aquelas palavras ficaram-me e mais tarde, quando tive que analisar profissionalmente um dos piores momentos da vida mediática do cantor andei ali numa linha perigosa porque na altura fui com os ímpetos absolutos que se tem quando se quer mostrar ao mundo que temos razão e não olhamos para o lado. Mais tarde recebeu-me em Setúbal, conversámos largamente para o programa, das manhãs nesta altura da Julia Pinheiro. Acho que foi aí que numa conversa franca que percebi quem era o cantor. Desde esse dia, parece que o destino faz com que muitas pessoas se cruzem com ele e depois me façam, chegar testemunhos da alegria que é trabalhar com o Toy. Ele é porreiro, mas acima de tudo tem o coração generoso e ao pé da boca talvez por isso tenha de vez em quanto algumas arrelias por resolver, mas a verdade é que a forma como encara a vida é bonita porque não é ficção nem para ‘ficar bonito’. Ele é mesmo assim e ser-se ‘assim’ num meio destes numa altura destas é difícil. Gosto genuinamente dele e da forma como abraça o que encontra, gosto da generosidade que não apregoa mas que faz em silêncio porque para Ele se ‘conseguir melhorar um bocadinho já valeu a pena o dia’. Gosto do amor que tem pela sua Daniela e ela por ele, porque formam uma família bonita cujo caminho no começo não foi fácil de fazer mas, resilientes, agarrados ao amor e à verdade que os unia aqui estão. Felizes e seguros! A minha relação com eles ficou tão bonita que fui convidado para o seu casamento. A Daniela tem a doçura de querer ver apenas o lado bonito das pessoas. Completa-se com o Toy! Porque escrevo hoje sobre isto? Porque eu e a Maria recebemos o Toy nas manhãs da TVI e mais uma vez nos desarmou, porque mostrar o outro lado de alguém tão popular como Ele pode ser ingrato. Não foram precisas muitas perguntas nem respostas. Portugal viu. O Toy é uma daquelas pessoas que vale a pena ter por perto!

Blogs do Ano - Nomeado Entretenimento