… E cheguei aqui. Passaram, 43 anos e estou aqui. Estou de parabéns. Com o rosto mais marcado pelo tempo, com a alma mais marcada pela vida. Mas estou aqui e gosto sempre de celebrar a ‘minha’ data, sou daqueles que gosta de assinalar o dia em que nasceu. Nasci iluminado com uma estrela que me guia pelas escolhas que vou fazendo. Nem sempre gostei muito de mim, do caminho que escolhi ou do que fui fazendo e dizendo. Mas a vida é mais saborosa assim, com os erros na busca dos acertos. Cabe-nos perceber o trilho, encontrar o caminho, desbravar território e meter-nos em desafios que muitas vezes podem não resultar. Ainda bem que nas coisas que aceito, onde me meto, que invento, imagino… o saldo tem sido quase sempre mais positivo. Nem sempre as escolhas resultam, também devo dizer, mas muitas vezes resultaram. Vivi estes 43 anos com o que podia viver e com tudo o que eles trouxeram dentro. Este último ano foi um turbilhão avassalador de tudo e mais alguma coisa. Uma mudança assumida em mim e para mim. Doloroso, mas passou. Não foi mau. Foi bom! É sempre bom quando aprendemos alguma coisa, eu aprendo muita coisa, mesmo que seja o último a desistir, o último a fechar a porta, o último a baixar os braços, o último a deixar de acreditar, o último a não deixar morrer a esperança, mas de tudo tiro uma lição. Este ano não foi diferente. Estou de parabéns. Gosto de mim, do que fui construindo. Não foi fácil chegar aqui. Juro que não foi. Mas é bom cá estar! Como eu estou. Com o rosto mais marcado pelo tempo e a alma mais marcada pela vida. Mas estou! Obrigado a todos por não me falharem nunca e me ‘inundaram de carinho por todos os lados.
Foto: João Lima/ revista Caras
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