… Estamos de parabéns! (Não me falhou durante 100 semanas, não me falhe hoje)

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… Vai hoje para o ar o Contra-Capa número 100. Passaram 100 programas num formato que, a princípio, eu imaginei que teria no máximo 13 semanas. Quando me sentei com o Daniel Olivera e desenhámos o programa, pensei: ‘Vamos esgotar, porque é muito tempo em antena sozinho, os temas não são muitos e os nossos famosos são meios fracos em conteúdo deste género. Vamos fazer e dura uma temporada’. Juro que achei que não seria mais tempo, até porque estava a acumular com o Passadeira Vermelha, no mesmo canal, com o Jornal Rosa, nas manhãs, e corríamos o risco de os temas de tocarem. Sempre tive essa preocupação, que mantenho. Não gosto de ser repetitivo, o espectador merece novidade e, por isso, mesmo quando os temas são os mesmo, é preciso apanhar outro ponto de vista. É o que tenho tentado fazer. Chegámos hoje aos 100 programas. É uma vitória! Não é mérito meu, é do espectador que tem seguido todas as semanas o único programa da especialidade que realmente conta as coisas como elas acontecem e ainda lhe acrescenta algum humor, que não nos podemos levar muito a sério. Perdemos a graça, quando achamos que somos os maiores e quando não conseguimos rir de nós mesmos (hoje o programa prova também isso). O Contra-Capa mostra o lado do famoso, o da imprensa e o meu, que quase sempre estou no meio dos dois, e é isso que este programa tem de diferente dos outros. Eu sei o que estou a dizer, porque conheço os famosos, trabalho na imprensa e sou uma espécie de ‘celebridade’ que tem de lidar com todos os lados. É esta a realidade e falar de famosos em Portugal não é fácil, porque conheço toda a gente, porque toda a gente se conhece e porque não são muitos, mas ainda assim são, na maioria, receptivos a análises e opiniões e não se aborrecem (o programa de hoje prova isso). E depois há os que se irritam tanto, porque se acham acima de qualquer crítica (o programa de hoje também mostra isso). Para despertar interesse todas as semanas e ter bons resultados, é preciso criar, ver todos os lados, renovar, reciclar. Estar quarenta minutos sozinho em antena a falar com o espectador é desafiante, não é fácil, mas decidi desde o primeiro dia que não seria um monólogo. As quatro câmeras que tenho em estúdio teriam nome. O realizador seria uma figura presente (e se eu tenho um realizador bom disposto) e, como eu não queria estar ali sozinho, falo directamente para o espectador, como se estivesse sentado ao seu lado. Ninguém faz isto em Portugal, desta maneira. Ninguém. Faço Eu, fazemos nós, faz a SIC Caras. O programa é feito por uma equipa empenhada e dedicada. Pequena, é certo (como se vê na fotografia que ilustra o post e onde estão quase todos), mas é divertida, profissional e conseguimos (quase sempre) sair satisfeitos do programa que gravámos para mostrar ao público. Hoje vai para o ar o número 100. Um programa diferente, cheio de momentos para recordar, surpresas e feitinho todo a pensar: ‘Será que vão gostar?’, porque a nossa principal preocupação é que goste. É  a minha obrigação fazer com que goste, depois de lhe pedir durante 100 semanas para não me falhar e ainda por cima, nunca me falhou. Obrigado, e até logo às 22.45, na Sic Caras. Combinado?

 

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