… O mar (Quando o Alentejo não está aqui ao pé)

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‘O que é que tá se passando com a minha cabeça’ é um verso de uma canção do Fábio Jr. que há dias não me sai da mente. A Cabeça não me tem dado descanso. Regra geral, gosto do turbilhão do pensamento, mas preciso do descanso agora. O Alentejo e o mar são dois elementos que me fazem falta e aos quais recorro sempre que preciso para me reorganizar. Foi ao mar que recorri hoje para equilibrar. De vez em quando, preciso. Não é necessário existir uma razão forte nem um turbilhão imenso, às vezes é apenas uma pergunta na nossa cabeça e a busca da resposta para ela. Às vezes, é só saber editar o que nos vai chegando, deitar fora o que não presta, ficar com o essencial. Com o foco. Nesta altura não há família, amigos nem ninguém que nos valha… Somos nós que temos de encontrar a resposta e perceber a razão da escolha. Eu encontro algumas respostas na serenidade do Alentejo e, quando não posso, opto pelo infinito do mar. Gosto da praia no Inverno, silenciosa, sem gente, só com o barulho das ondas e do vento. Gosto de sentir a areia molhada, de ver o azul da água derreter-se no cinzento do céu e aprecio perceber os raios de sol leves que se dividem entre a minha pele e o reflexo na água. Basta-me estar ali meia hora, caminhar meia hora sem pensar em mais nada… Deixar-me estar e encontrar a voz interior que me diz o que é melhor. Chamam-lhe muita coisa, eu chamo-lhe intuição e, junto destes elementos que me são tão preciosos, fica mais apurada. Acho que foi o que aconteceu hoje… Agora vou mergulhar o resto do que resta do Domingo num pote de gelado. É quase Natal e sinto que mereço.

 

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