… Pela Catarina (quem sou eu para a defender!?)

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… Para que conste não tenho nenhum elo de relação com Catarina Furtado, ela não gosta de mim e até já recusou a sentar-se no mesmo cenário de televisão que eu porque não se sentia confortável, o que seria motivo mais que suficiente para lhe ficar com algum mal estar. Mas o País é livre e cada um de nós é livre de fazer as suas escolhas e recolher daí as consequências. Mas não é por isso que fico quieto, calado e de braços cruzados a ver ser crucificada na imprensa e internet a apresentadora que, ao lado das três colegas, terá dado o seu melhor. Além de ter a certeza que qualquer apresentadora deste País gostaria de estar naquele palco, importa esclarecer que o papel das quatro era de uma responsabilidade enorme. Naturalmente apoderadas de alguns nervos que jamais irão sentir nas suas carreiras e agarradas ao profissionalismo de cada uma, apoiadas umas nas outras e na bagagem que têm, deram o seu melhor. Não podemos sequer colocar dúvidas sobre isso! Foi um espectáculo de televisão bonito, podemos ficar orgulhosos dele. Não posso nem acho justo que depois desta prestação meio mundo ataque Catarina porque o seu Inglês ‘é mau, é péssimo, é ridículo, é de riso’… não acho justo. Quem sou eu para falar do Inglês seja de quem for, que não sei dizer duas palavras seguidas, mas não me parece que seja justo, que depois do espectáculo que vimos, daquilo que representa para Portugal (enaltecido por tanta gente durante tanto tempo) tenha que existir uma coisa onde se pegue para criticar. E onde se vai pegar? Na Catarina, que é das quatro o alvo mais fácil,  e no seu Inglês. Não se entendeu tudo? Entendeu! O que eu acho é que neste caso, como em outros, as pessoas gostam de enaltecer as escolhas, mas estão na busca desesperada por um erro. Eu acho que as pessoas não gostam de elogiar de forma clara e verdadeira. Gostam se semi-elogiar, ou seja, elogiam quase sempre na expectativa do primeiro erro para que se possa atacar e assistir de bancada à queda do elogiado. Foi o que aconteceu aqui. E com isso, eu, por muitos diferendos que tenha com a Catarina, não posso compactuar. Porque dou sempre a minha opinião, porque tenho gente que me segue e acredita nela e porque – como se tem visto nos últimos dias – a expectativa sobre o acontece no Festival é importante para algumas (muitas) pessoas. Ninguém erra numa posição destas voluntariamente. Está ali uma preparação exaustiva. Se eventualmente alguma coisa não correu na perfeição, há que passar por cima e enaltecer o bom que tudo aquilo foi. Calma! Falemos de ânimo leve, se quisermos, do vestido animal print que era péssimo, elogiemos a criação azul de Nuno Baltazar que lhe ficava divinamente, brinquemos com o facto de recorrer a muitas poses, avaliemos se está melhor ou pior penteada. Mas não devemos colocar em questão o profissionalismo. Não acho justo. Eu não gostava que me fizessem isso. Aliás, eu não gostei quando me fizeram isso. O trabalho das quatro apresentadoras, cada uma no seu estilo, tem tudo para ser aplaudido, elogiado e deixar Portugal orgulhoso da escolha. Fiquemo-nos com isto. Não na vontade desesperada de encontrar uma culpada (injustamente) só porque sim. É o que eu acho.

 

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