… A Bárbara (Tal como se apresentou)

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… Entrevistar publicamente uma amiga e companheira de profissão quando os temas são delicados não é fácil. Ninguém me venha dizer que sim, porque não é verdade. Bárbara Guimarães sentou-se no ‘Queridas manhãs’ para responder a tudo o que aparecesse no jogo que foi feito, onde as perguntas sairiam de forma aleatória. Não é também comum ver a generosidade de celebridades deste nível e com esta condição mediática aceitarem tamanho desafio, sabendo que dentro do envelope podem estar perguntas que o mundo quer ouvir e o espectador saber as respostas. Foi o que aconteceu. Bárbara, que tem atravessado nos últimos tempos a sua maior batalha, sentou-se à nossa frente e falou de tudo. Falou de tudo de forma generosa, respondeu, não se esquivou a perguntas e não boicotou nenhuma. Bárbara, sem nunca desmanchar o sorriso, foi deixando no ar a certeza de não transformar este momento numa entrevista qualquer só porque tinha à minha frente a Bárbara sentada. Não é fácil ser-se Bárbara Guimarães neste momento do processo mediático que atravessa. Não entro na vida pessoal, no que sente, no que vive, nas culpas que tem ou não. Falo da celebridade que está exposta. Falo da mulher que foi, seguramente, das mais importantes no panorama mediático na história recente da nossa televisão e que, de repente, se viu empurrada para baixo por parte da imprensa que durante anos a elevou ao céu. Falámos disso, e ela respondeu. Que entende os ataques, que aceita que lhe sejam feitos, desde que sejam verdades. A ela! Aos filhos e a quem ama, não. Isso é que a destrói por dentro. Foi ali, sentada à minha frente, bonita como sempre a conhecemos, segura e a emocionar-se algumas vezes, que nos deu uma lição de amor, quando garante que vale sempre a pena acreditar nele. Onde nos garantiu que não está magoada com o passado e, que com tudo isto, até agora, descobriu dentro dela uma esperança que não conhecia… Foi por a ver tão transparente, tão segura do seu caminho, que lhe dedico estas linhas. Foi por isso, e para agradecer a generosidade que teve ao sentar-se ali, sabendo que teria os ouvidos de todos postos nas perguntas que se faziam e nas respostas que ela dava. Superou todas as expectativas, porque falou, como ela disse, ‘com a verdade do coração’. É sempre o mais importante. Julgue-se depois o que se julgar.

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