… Eu sou dos que gosta da maneira desbravada de a Rita ser. Por isso, quando ela entrou pelo meu telefone em directo no Passadeira Vermelha eu achei oportuno e corajoso. Se se fala dela, se é ela a protagonista, é justo que seja ela a meter tudo no lugar certo. Eu também sou dos que fica feliz com esta sua felicidade, porque eu acompanhei sempre – umas vezes mais de perto, outras mais de longe – algumas situações que nem sempre a fizeram sorrir e, quando se gosta das pessoas, é importante vê-las felizes. Eu e a Rita não somos amigos de casa, mas temos o respeito pelo outro que me justifica cada palavra que aqui escrevo, que podia escrever apenas porque acho esta comentada produção da revista maravilhosa, porque o namorado dela é lindo até aos ossos e a imagem de ver os dois com o filho nos braços é de uma ternura imensa. Isto por si só já valeria a pena. Porque a Rita é mediática, eu analiso comportamentos meditáticos e este é um assunto do momento. Mas vou mais longe, porque não gosto da maldade gratuita e a forma como muitos olham para esta produção é maldosa. Achar-se que um trabalho destes é feito com outra intenção que não seja a de mostrar a felicidade da actriz ao lado do companheiro, num dos melhores momentos da sua vida, é feio e gratuito, porque o que eu mais gosto nesta capa, que é feita de amor, é a lealdade que sei lhe está inerente. Isto é que importa. Trabalhe a Rita na TVI e seja a Cristina apresentadora da SIC. A revista não pertence à SIC e a TVI não é dona da Rita. Honestamente, acho até que a TVI tem direito a sentir algum desconforto porque uma das suas estrelas maiores partilhou um dos seus melhores momentos com Cristina. Humanamente, posso entender isso, o que não posso entender, nem tenho como compactuar, é que alguma imprensa ache ‘normal’ este mal-estar e o alimente. Não é normal. Não é mesmo. A revista é um meio de comunicação social independente, estamos a falar da liberdade de imprensa, da liberdade de expressão de cada um de nós e é bom que um lado e outro se sintam confortáveis no seu papel. A Rita resolve dar a sua primeira entrevista, com o marido e o filho, a Cristina Ferreira, que é a dona da revista ‘Cristina’, que, ‘por acaso’, é apresentadora na SIC, mas pelas páginas desta revista já passaram muitas caras da SIC antes de ela estar em Carnaxide e já passaram outras tantas da RTP. Não é justo que se ache esta produção um ataque ou uma estratégia para ferir alguém de alguma forma. Eu, no lugar da Rita, faria o mesmo. E o que fez a Rita? A Rita confiou na Cristina, para através dela mostrar ao mundo a sua felicidade. A Rita foi leal ao seu passado e ao que sente. Sou muito da opinião que não valemos nada se não formos leais aos nossos. Dê o mundo as voltas que der, façam as pessoas as escolhas que fizerem, dentro delas estão as suas consequências. Quando Cristina saiu da TVI, Pedro Teixeira e Goucha foram os protagonistas da sua capa. É normal. Os amigos estão ao lado dos amigos. São amigos, não são rivais. A Cristina Ferreira pode ser uma cara da SIC, que é ‘rival’ da TVI, mas a revista ‘Cristina’ é um meio de comunicação social independente como tantos outros que temos. Somos demasiados pequenos para aceitar que nos condicionem as escolhas quando são feitas com critério, consciência e coração. Somos muito coração. Foi com o coração que me deixei entrevistar pela Cristina para a sua revista quando ela trabalhava na TVI e eu apresentava o programa da manhã na SIC. Na altura não recebi nenhum telefonema da SIC a dizer que não o deveria ter feito nem da TVI a dizer ainda bem que o fiz.
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