… António Costa o Primeiro Ministro (Ou, António à hora do almoço)

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… Acabei de ligar à minha irmã, que me despachou literalmente ao telefone porque ‘Vou agora ver com a mãe o Primeiro Ministro que foi cozinhar à Cristina’... Iria ver hoje na gravação parte do programa de ontem. Outras pessoas terão feito o mesmo porque foi impactante. Quando eu escrevi que a televisão tinha mudado em Fevereiro deste ano e que se fazia história, muitos olharam de lado e chamaram-me exagerado, acusando-me de fazer uma ‘afirmação de conveniência’. Não me conhecem! Aqui está outra prova, não era preciso, mas aqui está. António Costa visita a casa da Cristina Ferreira e mostra-se como o ‘homem’, não esquecendo que está ali porque é Primeiro Ministro de todos nós. Não é muito relevante para este texto se sou dos que aprecia ou não a postura política de António Costa, mas quero deixar bem patente neste texto a importância deste gesto que António, o homem, o marido, o pai e o Primeiro Ministro, mostrou ao visitar a casa da Cristina, que, ‘por acaso’, é um programa de Day Time onde o mesmo António, que mistura muitos num só, falou de si, da sua família, deu a conhecer um lado que a maioria não conhecia, meteu o avental e mostrou-se como nunca o tínhamos visto. Não deixa de ser esta uma forma de fazer política também. Se fosse feita uma sondagem após o programa, não duvido que António Costa liderava em popularidade porque se mostrou tão natural como qualquer eleitor na sua casa à hora do almoço, rodeado da sua família no coração de casa, que para muita gente é a cozinha. Eu gosto disto, mas eu sou dos que gosta de ver mais do que se mostra. Eu sou dos que entende ser preciso revelar outras coisas e não as mesmas. A ida de António Costa a um programa da manhã é também a mudança de visão que devia tornar-se prática comum porque, se quem elege os políticos é o povo, é onde está o povo todo que os políticos têm de estar. É para eles que trabalham, é a eles que é preciso mostrar-se. Estou convencido que o povo que viu António Costa de avental no Programa da Cristina, entendeu mais do homem que é do que das muitas vezes em que se senta para falar do País, onde o dito povo fica a ver navios entre perguntas interrompidas e respostas de ocasião. Isto é o que eu acho, isto foi o que me chegou desde ontem. Isto sou eu, que nos pequenos gestos tento perceber o carácter das pessoas. Para nós, povo, é bom que os políticos sejam, acima de tudo, pessoas de carácter, para lá da sua cor de eleição.

 

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