… Não há entre mim e a Joana da Casa dos Segredos nenhum elo de ligação. Não a conheço, não conheço ninguém que a conheça, nem sequer sei nada sobre a sua vida. Toda a gente sabe, porque nunca escondi, que gosto de programas destes. Que acompanho, ao ritmo que posso, a Casa dos Segredos, e este ano com maior expectativa porque teria algumas alterações na apresentação, algo que me interessava muitíssimo. O que vi, e dos que estão dentro da casa, eu gostaria que Joana fosse a vencedora. Parece-me evidente que ao vencer está a vencer uma pessoa bem formada, educada, completamente ‘boa onda’. Está também a vencer uma mulher que já passou alguns maus bocados na vida, mas que não foi isso que lhe tirou a força de gritar ao quatro ventos, como o faz tantas vezes, que ‘a vida é bonita’. Joana é a mulher comum. Sofreu por amor, não dramatizou. Sofreu com a família, não dramatizou. Sofreu no jogo, não dramatizou. Trabalhadora, empenhada e boa jogadora, porque sem ofender, agredir, humilhar nem fazer jogo sujo, chegou à final. Os seus confessionários foram dos mais verdadeiros. Aqui a palavra ‘verdadeiro’ aplica-se à postura que mantém tanto no confessionário como fora dele. Não muda o tom de voz, não tem um comportamento diferente, não se faz de engraçada, não se acha mais nem menos. Joana, para mim, é emoção. É uma mulher normal, e é isso que faz dela (para mim) vencedora deste programa. Seria vencedora a que menos gritou, mas seguramente a que mais aguentou emocionalmente dentro daquela casa. Só quem ama sem ser correspondido sabe isso. Eu estive ali dentro. Eu sei o que são as emoções ali dentro. Eu sei o que estou a dizer. Joana amou, deixou-se apaixonar, e depois, sem dar a dimensão exagerada ao assunto, quando viu que não tinha mais nada que fazer, engoliu as lágrimas e seguiu no jogo. Foi humilhada por uma ‘amiga’ que se deitou na cama do homem de quem ela mais gostava ali dentro. Que fez Joana? Seguiu no jogo. Sofreu para dentro, deixou cicatrizar e seguiu sem se notar nas suas palavras, gestos ou atitudes uma ponta de raiva, de rancor. Não aproveitou a situação que podia ter aproveitando a seu favor. Joana foi coerente. Jogou por sim, não pelas circunstâncias que o jogo lhe meteu à frente, e recusou o papel de vítima sofredora. Joana é vida, é bonita como canta que a vida é e, por mim, seria ela a justa vencedora. Se não acontecer, não acho que seja justo!
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